quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

1000 fãs e o nosso primeiro sorteio!

Ontem atingimos a marca de 1000 "likes" na nossa fanpage lá no facebook!!!!

É um número relativamente pequeno, se comparado a outras fanpages mais populares, mas pra gente esse número redondinho significa muito. Afinal 1000 pessoas viram a nossa proposta, acharam interessante e resolveram clicar em "curtir" e isso é muito bacana! 

Resolvemos comemorar esse marco com o sorteio de um livro de Monteiro Lobato - O Picapau Amarelo!!!



Todos podem participar - Não precisa ser expatriado, nem morar no Brasil. Nós, que vivemos fora, sabemos como é legal quando um pacotinho chega no correio e, se for o caso, queremos poder proporcionar essa sensação para alguém. 

Mas e quem mora no Brasil? Não pode participar? Claro que sim! TODO MUNDO!!

Então, para participar do sorteio, as regras são essas:

1. Seguir nosso blog
2. Curtir nossa fanpage no facebook
3. Escrever seu nome, país onde mora, email e blog (se tiver) nos comentários
4. Se você compartilhar o sorteio na sua página do fb (e nos mandar o link), ganha outra chance de sorteio! E outra chance mais, se compartilhar no seu blog (e nos mandar o link também)

Isso tudo até o dia 26/12!


A Alemanha e seus incríveis mercados de Natal

A Alemanha é o país dos mercados de Natal: Nürnberg, Stuttgart, München e Berlim apresentam mercados imperdíveis! Em Berlim, são mais de 70 mercados de Natal e muitos deles com caráter único e produtos especiais que fogem ao trend "Made in China".

O meu preferido é o mercado de natal no histórico Gendarmermarkt*.



Magia do Natal nostálgico no Gendarmenmarkt

Certamente o mercado de Natal mais lindo e diversificado de Berlim. Em poucos anos, o Gendarmenmarkt tornou-se um espetáculo deslumbrante. Cerca de 600.000 visitantes de todo o mundo visitam o mercado com suas tendas (aquecidas!) de Natal, que são decoradas com cerca de 1.000 metros de luzes, mais de 1.000 bolas de Natal e 120 estrelas brilhantes.

A qualidade dos produtos dos mais de 150 expositores é a prova da popularidade e do sucesso da magia do natal no Gendarmenmarkt. O mercado conta ainda com artistas internacionais, que apresentam suas artes, como o mestre de dobradura de origami, a rainha do couro, a modista, o escultor de marfim de mamute, que trabalha com fósseis, o entalhador de Oberammergau e muitos outros que encantam os visitantes.

O Natal nesse mercado é uma festa também para o paladar: além de guloseimas tradicionais, como castanhas quentes, amêndoas torradas, pão com salsicha e vinho quente, também é oferecido um jantar fino, que contribui para a diversidade que nunca foi visto em outro mercado de Natal. 





* O Gendarmermarkt é um local tradicional com lindas igrejas, mas é também um dos lugares mais versáteis de Berlim e palco de muitos eventos culturais como o Festival das Luzes





 e o Festival de Música:




Claudia Bömmels - Depois de morar doze anos em Zurique, há cinco respira os ares de Berlim. Mora nessa cidade fantástica com a família. Escreve suas aventuras de viagens no Eu sei onde e em dezembro de 2012 lançou uma revista virtual: Brasileiros Mundo Afora

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Hanuká - A festa das luzes

Na noite do último sábado começou a festa de Hanuká. Esta é uma das minhas festas judaicas favoritas, talvez pelas comidas deliciosas, talvez pela ligação com as crianças, mas principalmente por seu “apelido” – “O Festival das Luzes” ou, em Hebraico “Hag Urim”. Uri é o nome do meu filho, que significa “minha luz”, “iluminado”, “brilhante”. Então adotamos Hanuká como o feriado “dele” e queremos sempre comemorá-lo com muita alegria.

Por que comemoramos Hanuká (adaptado do site do Beit Chabad)?

Antiocus, rei da Síria, governou a Terra de Israel depois da morte de Alexandre, o Grande. Durante o seu governo, ele forçou os judeus a aceitarem a cultura greco-helenista, proibindo o cumprimento das mitsvot (preceitos) da Torá (a "Bíblia" Judaica) e forçando a prática da idolatria pagã.

Em 165 AC, os Macabeus, corajosos lutadores oriundos de uma família de muita fé, os Chashmonaim,resolveram lutar contra essa opressão e saíram vitoriosos de uma batalha travada contra Antiocus e seu enorme exército.

O Templo Sagrado, que havia sido violado pelos rituais greco-pagãos, foi novamente purificado e consagrado e a Menorá (candelabro) foi reacesa com o azeite puro de oliva, encontrado no Templo. A quantidade de azeite encontrada no Templo seria suficiente para acender a Menorá por apenas um dia, mas milagrosamente o o óleo durou oito dias, até que um novo óleo puro pudesse ser produzido e trazido ao Templo. Em lembrança deste milagre, nós, judeus, comemoramos Hanuká durante oito dias.


Hanuká é comemorado no mês judaico de Kislev (por volta do mês de dezembro). Neste ano, as velas da Hanukiá estão sendo acesas entre os dias 9 e 16 de dezembro.

Como comemoramos?

Durante as 8 noites do feriado acendemos a Hanukiá, um candelabro especial de Hanuká, que tem 9 “braços”. Começamos com uma vela mais o shamash (a vela central, que acende as outras) na primeira noite, e vamos acrescentando uma vela a cada noite. Ou seja, a cada noite temos sempre o shamash e o número de velas correspondente.

Quando acendemos as velas, fazemos as bênçãos delas e do feriado judaico em si, relembrando os milagres e os heróis daquele tempo. Logo em seguida, cantamos canções típicas de Hanuká, que são passadas de geração a geração, aprendidas nas creches e escolas e cantadas com muito entusiasmo pelas crianças.

Além disso, segundo o costume, deve-se acender a Hanukiá perto da janela, para que possamos publicar "milagre”. Muitas pessoas têm o costume de passear pelas ruas durante esta época para ver as Hanukiot acesas. Ém bairros onde vivem muitos judeus praticantes, esse é um passeio interessante, há Hanukiot enormes, antigas, verdadeiras “jóias” de família!

Quer ver como é? Nesse video, uma explicação, em Inglês, sobre a festa toda, com direito a canções e imagens!. 



O que comemos? 

Em lembrança do milagre do óleo, que foi falado ali em cima, as comidas típicas dessa festa são as frituras: Bolinhos, panquecas e, principalmente, os sufganiot, uma espécie de sonho de padaria, mas melhorado. Aliás, hoje em dia, em Israel, o "mercado" de sufganiot é bem aprimorado, tem confeitarias que se esmeram em criar novos sabores todo ano, um melhor do que o outro! Pode-se encontrar sufganiot para vender desde novembro, mas nos dias de Hanuká mesmo, as filas nas confeitarias e padarias são enormes, os jornais lançam as listas das melhores do país e os nutricionistas invadem a TV para alertar a população sobre a enorme quantidade de calorias em cada um.

Aqui em casa nós nos limitamos a comer só na primeira noite, porque comer fritura por mais de uma semana não dá, né? Eu já sei quais sabores minha confeitaria favorita lançou para este ano (Floresta Negra e Crème brûlée estão entre os mais de 10 sabores), só falta eu ir lá buscar!

Além disso, comemos panquequinhas de cenoura, de batata, batata doce, espinafre, com muito queijo cottage ou cream cheese. As crianças comem muitos chocolates, geralmente em forma de moedinhas de "ouro".

Essa é uma festa totalmente voltada para as crianças, que recebem presentes (muitos recebem um presente por noite, por oito noites!), cantam músicas, se acabam nos doces e brincam com uma espécie de pião, chamado sevivon. Há sevivonim de muitos tipos, desde os mais simples, de madeira, aos chineses, que tocam música e acendem luzes. 
o sevivon

Uma curiosidade sobre o sevivon - Cada lado do peão tem uma letra hebraica. As letras são as inicias de "Nes gadol haiá pó" (um grande milagre aconteceu aqui). Isso em Israel. Se você comprar um sevivon em Nova York, São Paulo ou em qualquer lugar fora daqui, as letras serão as iniciais de "Nes gadol haiá sham" (um grande milagre aconteceu lá). 

Há pelo menos três semanas a creche do meu filho tem no programa explicar o feriado para os pequenos, cantar músicas, contar histórias e brincar com o sevivon, Eles também decoram a creche com sevivonim coloridos e produzem a sua própria Hanukiá, que levam para casa com muito orgulho e fazem questão de acender as velas junto à família.

Para terminar, um clip bonitinho, que conta a história de Hanuká através do Rock. Foi feito por jovens religiosos americanos.Se você prestou atenção no que leu aqui em cima, vai entender tudo!

(Obs: Há variações para a escrita de Hanuká - pode ser Hannukah, Chanukah, Januká (na voz de hispano-hablantes)



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Estamos comemorando Hanuká essa semana - na próxima segunda-feira, dia 17, venho contar em detalhes sobre tudo o que fizemos (e comemos)! É dia de Blogagem Coletiva de todas as Mães Internacionais! 

O tema desse mês é "Dezembro em minha casa" - Como comemoramos o Natal, Hanuká e outras festas. Como mantemos as tradições brasileiras e incorporamos a nova cultura do país onde vivemos. 


Quer participar? Escreve pra gente! Mesmo se você não tiver um blog, podemos publicar o teu post aqui na nossa página. E se você tiver um, manda o link pra gente e nós o publicaremos aqui!



Luciana Almeida Tub - Nascida em São Paulo, viveu em Campinas e há 7 anos mora em Israel. Casada com um uruguaio e mãe do Uri, que nasceu em fevereiro de 2011. No seu blog, conta um pouco da vida de uma mãe em Israel: http://maeemisrael.blogspot.co.il/

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Miklavž, Papai Noel ou Vovô (do) Frio? Na Eslovênia, você pode escolher!


O “Natal” na Eslovênia hoje em dia é muito confuso para as crianças. As aspas na palavra Natal são minhas, mas a frase é de uma amiga eslovena.

Explico (ou tento): Na Eslovênia comunista (que não era Eslovênia pura e simplesmente, mas parte da Iuguslávia), não se comemorava o nascimento de Cristo, o Natal, no dia 25 de dezembro. O país era comunista e não dava muita bola para a Igreja. Mas, apesar de aqui ter uma grande população que se declara ateia, boa parte da população ainda é católica (e era durante o período comunista), então eles comemoravam o São Nicolau, que aqui se chama Sveti Miklavž ou simplesmente Miklavž.

Miklavž é um velhinho com barba branca, mas que se veste como um papa, com aquele chapéu pontudo, e dá presentes para as crianças, que deixam uma meia na varanda, chaminé ou em alguma janela da casa e escrevem uma cartinha para ele. A tradição é bem parecida com a do Papai Noel da Coca-Cola, só que é endereçada ao Miklavž. Aliás, o Papai Noel da Coca-Cola é bastante inspirado no São Nicolau, só que ele vem no dia 25 de madrugada (e usa as roupas com as cores do logo da bebida), e não no dia 6, como Miklavž.

A maior diferença entre Miklavž e Papai Noel talvez sejam os presentes. Miklavž traz frutas (laranjas, tangerinas e/ ou frutas secas) e doces. Para crianças em idade escolar, pode trazer lápis e canetinhas. Ou ainda toucas e luvas, para o frio. Mas nunca são presentes grandes, brinquedos, não é esta a intenção. É sempre algo que os pais já comprariam mesmo para os filhos nesta época do ano, pelo que eu entendi.

Todo dia 5 de dezembro, véspera do dia de Miklavž, há uma procissão com o santo “em pessoa” no Centro de Ljubljana. Ele vai passando e dando doces para as crianças, no caminho. Miklavž é um santo importante não só para as crianças, ele é o padroeiro da cidade, então existe uma Feira de Miklavž, que neste ano durou de 3 a 6 de dezembro, com barraquinhas na rua, no Centro, vendendo vinho quente (típico da estação), muitos doces, de vários tipos, chocolates, tangerinas e laranjas, as frutas da estação.

 
Barracas da Feira de Miklavž

Ao ler o texto da Sarah sobre as tradições "dezembrinas" na Áustria, país vizinho a Eslovênia (que também já foram um só, na época do Império Austro-húngaro), vi que aqui a parte que diz respeito a São Nicolau é muito parecida. Também temos os diabos para assustarem as crianças malcriadas. Lá se chamam krampur, aqui se chamam parkelj.

Aliás, aqui as crianças comem, durante toda a semana de Miklavž ,um pão tradicional em forma de diabo. E recebem biscoitos em forma de Miklavž e/ou do diabo, a depender do comportamento. Eles participam da procissão de Miklavž e são assustadores. Carregam correntes para nelas prenderem as crianças. E arrastam estas correntes pelas ruas, fazendo um barulho de filme de terror. A própria imagem que vem colada nos biscoitos é bem feia. Bicho papão e homem do saco são fichinha perto deste aqui!

Pães em forma de parkelj

Eu achei bem interessante os biscoitos que têm duas faces: de um lado o bem, representado pelo Miklavž, e do outro, o mal, representado pelo diabo. Achei legal porque cada um traz em si o bem e o mal - ou, pelo menos, o bom e o mau comportamento. Esta foi a leitura que eu fiz dos biscoitos de duas faces, nunca comentei com ninguém sobre isso. Mas as meninas aqui ficaram realmente impressionadas e assustadas com os desenhos do diabo pegando as criancinhas com correntes.

Biscoitos decorados

Dá uma olhada neste vídeo que achei no Youtube para ver o naipe dos parkelj, arrastando correntes, e para ver como as crianças ficam loucas gritando pelo Miklavž:

 

***

O comunismo aqui acabou por aqui faz 21 anos, então hoje em dia existe também o Papai Noel da Coca-Cola e as famílias católicas comemoram o nascimento de Cristo com uma missa à meia-noite no centro da cidade. E isso é bem confuso para as crianças, pois o Papai Noel (que aqui se chama božiček, com minúscula mesmo) é uma reedição do Miklavž, não sei como elas entendem isso.

Mas o mais peculiar do ‘Natal’ esloveno é mesmo o Dedek Mraz (Vovô Frio, em tradução literal). Ele vem no dia 31 de dezembro, ou seja, no Réveillon. Se veste de branco (=neve=frio) e dá presentes (brinquedos) para as crianças no Ano novo. Dedek Mraz é o mais esperado pelas crianças, ganha de lavada do Papai Noel.

Dedek Mraz é O Cara!

Ele é conhecido hoje como “Papai Noel” comunista. Segundo uma vizinha minha, quando ela era pequena, as empresas onde os pais dela trabalhavam davam os presentes que Dedek Mraz deveria deixar para os filhos.

Ou seja, ele era criado e sustentado pelo regime comunista, os pais não precisavam comprar os presentes, eles ganhavam nos eu local de trabalho, assim como muitas empresas dão cestas de Natal para seus funcionários, sabe? Comentando com outra amiga, ela me contou que na empresa do marido dela eles dão, em dezembro, um adicional em dinheiro para os funcionários comprarem o presente de Dedek Mraz para os filhos. Ou seja, mudou o regime, mudou o governo, mas a tradição continua.

Quer saber como comemoramos aqui em casa, diante de tantas opções? Porque, obviamente, as meninas percebem a movimentação. Cali, por exemplo, ganhou biscoitos de Miklavž na escola, feitos pela avó de uma colega eslovena, e ficou empolgadíssima. O lado bom de ser expatriada é poder comemorar outras tradições, incorporar outros hábitos, e ainda manter os seus.  Falarei  mais sobre isso na blogagem coletiva sobre Festividades de Fim de Ano na semana que vem, aguardem!

Paloma Varón  - Mãe de Cecília e Clarice. Nasceu em Salvador, morou em São Paulo, onde nasceu a primeira filha, e em Brasília, onde nasceu a segunda. Mudou-se com a família, em janeiro de 2012, para Ljubljana, capital da Eslovênia, onde tem aprendido a ser expatriada (se é que isso se aprende), a falar esloveno (idem) e a rir dos perrengues quando não pode evitá-los. Escreve o www.fotocecilia.blogspot.com.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Concurso de Fotos - Foto Vencedora da Semana


E a foto vencedora do Concurso de Fotos dessa semana, com o tema "Dezembro" é da Luciana, de Israel!!

Dezembro é um mês de chuva em Israel, as temperaturas caem, mas o sol do deserto ainda teima em dar as caras de vez em quando... Proporcionando imagens como essa aqui:




E aguarde, em breve, outro concurso de fotos!